Brasil: Governo do Espírito Santo lança movimento de conscientização em favor das mulheres capixabas

. IGUALDAD HOMBRES/MUJERES .

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O Governo do Estado, por meio das Secretarias de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e de Direitos Humanos (Sedh), lançou, na manhã desta terça-feira (10), um movimento de conscientização de combate à violência contra a mulher. A ação quer promover, junto à sociedade capixaba, uma cultura de paz e de enfrentamento da violência.


Foto: Leonardo Duarte/Secom

Será lançada na mídia uma campanha publicitária que visa fomentar a reflexão, o debate e o exercício da proteção das mulheres, com o objetivo de reduzir os altos índices de violência no Estado do Espírito Santo. Além desta iniciativa, nos próximos meses também serão divulgados vídeos educacionais nas redes sociais, convidando os mais diversos setores da sociedade a debaterem o tema.

Em discurso, o governador Paulo Hartung pediu que o Movimento de Combate à violência contra a Mulher seja aderido por toda sociedade.

“É um desafio de Estado e convidamos toda sociedade capixaba para unirmos esforços. Poderes, instituições, setor público, sociedade e igrejas. As instituições públicas têm responsabilidade de fazer políticas públicas e fazer avaliações, porém, o Poder Público sozinho não dá conta de um desafio como este. Isso não é licença para omissão, mas é palavra convocatória. Esse é o papel de líder diante de uma calamidade como esta que enfrentamos em nosso Estado e no Brasil, em relação à violência contra a mulher. Temos capacidade para mudar a realidade do Espírito Santo quanto a estes indicadores que tanto nos envergonham. Fizemos isto em outras áreas e hoje o país reconhece. Governo bom é aquele que dialoga com a sociedade e demonstra suas limitações, ponderou.

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Protecting women and girls against violence, Is progress being made?

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Ao final, o governador reforçou que o tema deve ser introduzido também no ambiente familiar e que é preciso a mobilização de todos para pôr fim à cultura do machismo no Espírito Santo.

“Uma criança que assiste ao pai agredindo a mãe ao longo da vida acaba aprendendo a cultura da violência. É esse comportamento que precisamos enfraquecer e fortalecer a cultura de paz. O desafio é transformar essa ação em uma poderosa mobilização para pôr fim ao machismo e mudar a cultura de “propriedade” que os homens têm sobre as mulheres. Se conseguirmos envolver toda sociedade tenho certeza que cada um vai passar a lidar melhor com suas frustrações, perdas e desafios da vida. É preciso mudar o modo de pensar de alguns homens capixabas, e as mulheres não podem permitir a perpetuação da violência. Temos “dever de casa” para todo mundo: tirar de cena a cultura da violência e de brutalidade que nos entristece e promover a cultura da paz”, concluiu o governador.

Segundo o secretário André Garcia, o evento tem objetivo de fazer com que essa discussão passe a fazer parte do ambiente familiar, uma vez que os mais diversos tipos de violência contra as mulheres se iniciam dentro dos lares.

“É um conjunto de iniciativas para mudarmos a atual realidade, que é preocupante. O feminicídio é o estágio final de uma violência doméstica contra mulher. Quando as mulheres buscam o caminho da autonomia ela é reprimida pela violência. O sujeito trata mulher como objeto, como algo descartável. O Governo vai continuar suas ações, desde o enfrentamento ao acolhimento, mas o Governo não pode tudo. A sociedade precisa ajudar e refletir como pode contribuir com a mudança dessa realidade”, pontuou André Garcia.

O secretário de Estado de Direitos Humanos, Julio Pompeu, reforça que o momento é de convidar a população capixaba a não se calar diante de qualquer tipo de violência contra as mulheres.

“Como sociedade podemos ser muito melhores que nós somos e, para isso, precisamos estar todos engajados para mudar essa situação. Que todos abracem o nosso movimento, e que lutemos juntos pelo fim da violência contra a mulher”, salientou o secretário de Direitos Humanos, Julio Pompeu.

Além de autoridades, estavam presentes no evento representantes de movimentos sociais, engajados em promoção de proteção a mulher.

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