No Rio, Cardeal Turkson afirma que paz exige conversão

. TOLERÂNCIA E SOLIDARIEDADE .

Um artigo de Radio Vaticana

O Cardeal Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Peter Turkson, defendeu na manhã desta terça-feira (1º/9), durante o Simpósio Internacional “Promoção da cultura da paz num mundo em conflito”, em andamento no Rio de Janeiro, cinco elementos essenciais para se construir uma sociedade mais justa e pacífica: discernimento e realidade; visão do todo; confiança e paciência; a cultura da paz e o compromisso com o diálogo.

turkson

Ao afirmar que a “paz tem uma irmã e ela se chama justiça”, o Cardeal Turkson destacou que “os promotores da paz tendem a emergir de situações de sofrimento, não dos ambientes acadêmicos”.

Sinais dos tempos

Contudo, neste contexto, destacou que, para que os oprimidos não se tornem opressores, é preciso recordar que o “compromisso com a justiça e a não-violência está intrinsicamente conectado à conversão”.

Sobre o discernimento para promover as mudanças necessárias para o futuro, o Cardeal afirmou que ler os sinais dos tempos não é algo que acontece automaticamente, é preciso aprender e praticar.

“Sinais genuínos são resultado do passado com todos seus erros e esforços e provêm a base e os desafios para aquilo que devemos fazer para construir o hoje de acordo com uma visão de futuro”, afirmou.

Cultura da Paz

Ao abordar o tema da visão do todo, o cardeal ganês refletiu sobre o egoísmo que impede reconhecer no outro um semelhante. “Indivíduos que se refutam a mudar contribuem para sociedades injustas e conflituosas”, disse, e acrescentou: “Uma cultura da paz é desenvolvida por aqueles que praticam a paz em sua vida diária. Não pode existir justiça entre os homens se não há justiça para com Deus”.

O Cardeal afirmou ainda que é preciso confiança e paciência para construir a cultura da paz uma vez que esta somente acontece quando todos trabalham unidos. “Por isso, a unidade – uma diversificada e altruísta unidade – pacientemente prevalece sobre o conflito”. A chave para unir na diversidade, concluiu o Cardeal Turkson, é um forte compromisso com o diálogo.

(Clique aqui para o versão deste artigo em Inglês)

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