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Londrina incentiva comerciantes a não venderem armas de brinquedo
an article by Planeta Sercomtel
Em mais um passo para consolidar a cultura de paz em Londrina [Brasil], lojistas da cidade que não vendem armas de brinquedo poderão solicitar sem nenhum custo - um selo de identificação da campanha “Arma não é brinquedo... dê abraços!”.
Na rede Móveis Brasília não é comercializada arma de brinquedo há cerca de 10 anos, antes mesmo da existência da lei, conta o proprietário Francisco Ontivero, Foto: Studio Milton Dória
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O selo será concedido pela Prefeitura e pela Câmara de Vereadores, conforme previsto na lei 11309/2011.
Trata-se de um complemento à lei 9188/2003, que já estabelece a proibição da comercialização de armas de brinquedo em estabelecimentos londrinenses.
Para o presidente do Conselho Municipal de Cultura de Paz (Compaz), Luis Cláudio Galhardi, um dos “objetivos mais importantes” da nova lei é fortalecer a adesão dos comerciantes à campanha. “Nós esperamos que os lojistas, entre outras classes, sejam os divulgadores da campanha”, afirma.
Galhardi avalia, ainda, que outro avanço foi uma melhor definição do que é arma de brinquedo. “O que nós temos é que videogames e bonequinhos, por exemplo, também podem estimular a violência. Mas, por enquanto, o que ficou definido é que estão proibidos todos os brinquedos que tenham cano e gatilho, que imitem uma arma de fogo, não importa se são coloridos ou se disparam água, espuma ou chiclete”, complementa.
De acordo com o presidente do Compaz, a intenção da lei não é punir os comerciantes. Ele diz que cerca de 60 lojas - em toda a cidade - foram visitadas pelo conselho, com o objetivo de promover a campanha, e a maioria se interessou em participar. “Mas aqueles que não se adequarem vão receber uma advertência e, se isso não adiantar, aí sim serão aplicadas multas e até mesmo a suspensão do alvará”, acrescenta.
O proprietário da rede Móveis Brasília, de Londrina, Francisco Ontivero, conta que não comercializa armas de brinquedo em suas lojas há cerca de 10 anos, antes mesmo da lei que define a proibição. “Eu acho que é uma lei muito justa e nós sempre obedecemos. E esse selo é um apoio ao comerciante que obedece a lei”, opina. “Nós preferimos trabalhar com brinquedos mais educativos. Vendemos os videogames, mas acho que no futuro os jogos que só ensinam para o mal devem ser banidos também. A proibição das armas de brinquedo é só o primeiro passo”, continua Ontivero. “A lei é boa porque, desde cedo, ensina os jovens e as crianças para a paz, não para a guerra.”
Segundo Luis Cláudio Galhardi, os primeiros selos serão entregues em uma solenidade coletiva na Câmara de Vereadores, no dia 24 de novembro, que é o dia internacional da não venda de brinquedos bélicos.
Para participar, os lojistas devem fazer a solicitação junto à prefeitura até o dia 11 deste mês, para que haja tempo hábil para verificação do estabelecimento e impressão do selo.
( Clique aqui para uma versão inglês)
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