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Participantes ao Fórum Pan-africano recomendam valorização da cultura africana
an article by CPNN de dois artigos do Rádio Nacional de Angola: 70892 e 71013

Os participantes ao Fórum Pan-Africano: Fundamentos e Recursos para uma cultura de Paz recomendaram quinta-feira, 28/03, em Luanda, a valorização da cultura africana no quadro do diálogo e reconciliação, apurou a RNA (veja também CPNN de 26 de Março..



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De acordo com o comunicado final do evento, que teve a duração de três dias e cuja cerimónia de enceramento foi presidida pelo ministro angolano da Educação, Mpinda Simão, referem que deve ser através da promoção da utilização pedagógica da história geral de África, destacando as grandes personalidades que contribuíram para a construção da paz e promoção de mecanismos permanentes de diálogo interactivo comunitário e de reconciliação, envolvendo a sociedade civil e os médias.

De igual modo, recomendaram o reforço das relações entre a educação e a cultura para construir percursos de educação e de formação eficazes, com vista a promover a coexistência pacífica em África, através da realização de estudos sobre os mecanismos de resolução de conflitos nas sociedades tradicionais de diferentes regiões do continente. A revisão do currículo do ensino geral e universitário, recolocando a cultura, as línguas e a história de África nos sistemas de educação foi igualmente realçada.

Os participantes concluíram que a implantação das propostas para uma cultura de paz repousa sobre a consideração nas políticas educativas nacionais. No entanto, acrescenta o documento, as análises mostram que os sistemas educativos da região africana continuam a depender largamente da ajuda do exterior, o que favorece a degradação dos costumes e valores locais.

Partindo da experiência acumulada nos diversos países de África em matéria de ritos e tradições endógenas, a iniciação das mulheres/meninas e dos homens/rapazes pode ajudar a reconstruir uma cultura de paz, que comece em casa e atravesse os diferentes níveis de ensino formal e não formal, acrescenta.

Recomendaram ainda o desenvolvimento da economia da cultura, geradora de emprego para a juventude, na visão do desenvolvimento sustentável do continente, promovendo mecanismos que favoreçam o empreendedorismo dos jovens nos sectores das novas tecnologias e da indústria cultural.

No que toca aos fundamentos e recursos naturais, recomendaram a continuação da promoção da cooperação e da diplomacia científica para a partilha dos recursos, envolvendo, cada vez mais, as instituições de ensino e investigação científica, os decisores políticos e os financiadores locais, regionais e internacionais. Ainda neste domínio, desenvolver as economias verde e azul, geradoras de emprego para todos especialmente para os jovens, incorporando nos currículos do ensino geral e superior conteúdos programáticos relacionados com as tecnologias neste domínio, tal como promover o seu financiamento.

A antropóloga Ana Maria Oliveira, delegada ao fórum panafricano, considera que “Os valores culturais são um fundamento indispensável, para a consolidação da personalidade de um país, penso que é de todo pertinente e importante esta discussão.”

Já a professora universitária, Laurinda Uigard, disse que “este fórum vai trazer ao nosso país, o papel que lhe compete como um líder no continente africano que conseguiu dos seus próprios actores consolidar um processo de paz, que veio culminar muitas décadas de violência”.

Para conclusões oficiais do forum ver o relatório de UNESCO.

( Clique
aqui para uma versão inglesa)

DISCUSSION

Question(s) related to this article:


The understanding of indigenous peoples, Can it help us cultivate a culture of peace?

* * * * *

Latest reader comment:

Two articles in recent years in CPNN point to the renewed recognition of the importance of indigenous knowledge and traditions to help save us from the ecological disaster of the global industrialized economy.

In the article preparing for the upcoming People's Summit in Rio (See CPNN April 12, 2012), Fabiola Ortiz emphasizes the importance of involving indigenous peoples in the decision-making about development projects.

The indigenous peoples of the Amazon made this argument very dramatically and eloquently in person at the World Social Forum in Belem, Brazil, as described the CPNN article of  February 6, 2009.


This report was posted on April 18, 2013.